ANÁLISE DA ENTREVISTA DA PROFESSORA DOUTORA ANDREIA DE BEM MACHADO



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A professora Andreia é pesquisadora do Centro de Pesquisa em Inteligência, Gestão e Tecnologia para Inovação - IGTI da Universidade Federal de Santa Catarina. É Professora Adjunta e coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade Anasps Brasília - Brasil. É avaliadora de instituições de ensino superior do Ministério da Educação do Brasil. Faz parte da Diretoria de Ensino da Secretaria Municipal de Educação de Palhoça Santa Catarina Brasil. Integrou a comissão técnica do Programa Nacional do Livro Didático do Ministério da Educação. A professora Andreia elaborou material didático para pessoas com deficiência visual na UNESCO. Os seus interesses de investigação incluem: inovação, educação, transformação digital, gestão, educação híbrida, tecnologias digitais, metodologia ativa, meios de conhecimento, empreendedorismo e gestão do conhecimento. Pós-Doutorada pela
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil.


Análise da entrevista 


A professora Andreia abordou a importância da conectividade na educação à distância, destacando-a como um requisito fundamental para o avanço da educação digital, falou também sobre as diferentes realidades que existem no Brasil devido à falta de acesso à internet em algumas regiões do País. A professora destaca a necessidade de implementar a conectividade como primeiro passo e ressalva que, sem conectividade, outros esforços na área educacional não são viáveis. Além disso, a professora aponta para a necessidade de investimentos na formação de professores e em recursos tecnológicos, reconhecendo que, embora tenha havido um aumento no investimento durante a pandemia, esse impulso parece ter diminuído após o período de crise. Ela também mencionou a necessidade de os professores do futuro estarem abertos a novas tecnologias e práticas pedagógicas, além de discutir a avaliação por indicadores e competências, de modo a garantir um avanço contínuo na Educação. 

Relativamente aos avanços tecnológicos, à educação, à conectividade e à sustentabilidade, a professora realça a importância de pensar em políticas públicas que promovam a sustentabilidade e o bem-estar, além de destacar a necessidade de integração da natureza nos avanços tecnológicos e educacionais. Ela sublinha ainda que a conectividade e o conhecimento devem ser acompanhados por uma consciência ambiental e um equilíbrio com a natureza, a fim de construir uma sociedade verdadeiramente sustentável e inclusiva. O diálogo também aborda a implementação de práticas sustentáveis nas cidades urbanas, como hortas urbanas e economia circular, evidenciando como a educação e a tecnologia podem ser utilizadas para promover um bem-estar mais amplo e integrado à sociedade como um todo.

A professora Andreia discute um modelo de avaliação baseado em indicadores de habilidades, que são construídos para formar competências específicas. Ela destaca a utilidade desse modelo, pois permite uma avaliação mais precisa do desempenho do aluno, identificando exatamente onde estão as dificuldades de aprendizagem. Esses indicadores ajudam a integrar teoria e prática, proporcionando ao aluno um feedback detalhado sobre o seu progresso e áreas que precisam de ser melhoradas. Uma abordagem especialmente relevante no contexto do ensino profissionalizante, mas também pode ser adaptada para outras áreas e modalidades de ensino, incluindo a educação a distância (EAD). A professora destaca também a importância de modelos de avaliação mais abrangentes e criteriosos, que visam não apenas medir o conhecimento adquirido, mas também orientar o processo de aprendizagem do aluno de forma mais eficaz.

No que diz respeito ao mirolearning, a professora discute a aplicação do microlearning, também conhecido como microformação, na EAD. Destaca que o microlearning envolve cursos ou conteúdos educacionais breves e concisos e que são pensados para um público específico. Cursos esses que são caracterizados pela sua curta duração, geralmente entre 5 a 15 minutos, e devem ser altamente focados e objetivos para garantir a eficácia do ensino. A professora menciona a importância de utilizar exemplos concretos e didáticos para facilitar a compreensão do conteúdo pelos alunos e que essa abordagem requer uma cuidadosa seleção de informações essenciais e uma apresentação clara e envolvente. Além disso, a professora destaca a necessidade de adaptar o conteúdo do curso para atender às necessidades e interesses específicos do público-alvo. Isso implica uma abordagem altamente personalizada, onde o design instrucional desempenha um papel fundamental na criação de cursos eficazes.

A  professora Andreia aborda, no ciclo da educação 4.0 e da Web 3.0, a necessidade de promover práticas pedagógicas que motivem os estudantes num cenário digital, destacando a importância da gamificação, da inteligência artificial e do metaverso como ferramentas pedagógicas. Ela destaca ainda o papel do metaverso como uma ferramenta pedagógica no sistema educativo. Destaca-se a visão de que o metaverso permite criar personagens e ambientes online, promovendo uma experiência imersiva e interativa para os alunos. Isso é especialmente relevante para a inclusão de alunos autistas, pois o ambiente virtual proporciona uma forma de interação mais confortável e sem estigmas. Além disso, o metaverso oferece a oportunidade de explorar diferentes realidades, o que pode facilitar a compreensão e promover a autonomia no processo de aprendizagem, indo além da avaliação tradicional através de testes. Já nas estratégias relacionadas ao e-learning, educação online e educação aberta, destacando o microlearning como uma abordagem eficaz e que consiste em apresentar conteúdos de forma concisa e objetiva, geralmente em períodos curtos de tempo, proporcionando uma aprendizagem personalizada e didática. Além disso, a professora fala ainda sobre a importância da comunicação clara e fluida no ambiente de aprendizagem online, destacando que a eficácia do processo de ensino-aprendizagem está diretamente relacionada à qualidade da comunicação entre professores e alunos.

Na abordagem sobre a sua perspetiva do papel da inteligência artificial (IA) no futuro da educação, tanto para professores quanto para alunos, enfatiza a importância de considerar questões éticas e de segurança de dados, devido ao potencial tanto positivo quanto negativo da IA. Destaca a necessidade de formação e capacitação para professores, a fim de utilizarem a IA de forma eficaz e segura no processo de ensinoaprendizagem. Além disso, destaca também a importância de repensar conceitos como inteligência emocional, comunicação e empatia, especialmente no contexto online, onde questões emocionais podem ter um impacto significativo. Neste contexto abordou a questão da substituição dos professores pela tecnologia, argumentando que a emoção humana e a interação pessoal são aspetos que a inteligência artificial não pode replicar. A formação contínua para os professores acompanharem a evolução tecnológica e oferecerem um ensino de qualidade é um aspeto a ter em linha de conta e aponta para a necessidade de inovação e adaptação por parte dos professores, tornando-se pesquisadores e estando abertos às novas tecnologias e metodologias de ensino. Apenas tendo em mente esses fatores é que se consegue fazer a retenção de alunos na educação a distância (EAD) e sugere que os professores do futuro serão aqueles capazes de utilizar as novas tecnologias de forma eficaz e dedicada, mantendo o contato humano e trabalhando constantemente as suas práticas pedagógicas

Na abordagem sobre a sua perspetiva do papel da inteligência artificial (IA) no futuro da educação, tanto para professores quanto para alunos, enfatiza a importância de considerar questões éticas e de segurança de dados, devido ao potencial tanto positivo quanto negativo da IA. Destaca a necessidade de formação e capacitação para professores, a fim de utilizarem a IA de forma eficaz e segura no processo de ensinoaprendizagem. Além disso, destaca também a importância de repensar conceitos como inteligência emocional, comunicação e empatia, especialmente no contexto online, onde questões emocionais podem ter um impacto significativo. Neste contexto abordou a questão da substituição dos professores pela tecnologia, argumentando que a emoção humana e a interação pessoal são aspetos que a inteligência artificial não pode replicar. A formação contínua para os professores acompanharem a evolução tecnológica e oferecerem um ensino de qualidade é um aspeto a ter em linha de conta e aponta para a necessidade de inovação e adaptação por parte dos professores, tornando-se pesquisadores e estando abertos às novas tecnologias e metodologias de ensino. Apenas tendo em mente esses fatores é que se consegue fazer a retenção de alunos na educação a distância (EAD) e sugere que os professores do futuro serão aqueles capazes de utilizar as novas tecnologias de forma eficaz e dedicada, mantendo o contato humano e trabalhando constantemente as suas práticas pedagógicas as necessidades dos alunos são citadas como formas de promover uma educação mais inclusiva e eficaz. Quanto à adaptação da Educação a Distância (EAD) às novas gerações, especialmente à Geração Alfa, que tem características e preferências distintas em comparação com as gerações anteriores, a professora sugere que a EAD, para essa geração, deve utilizar abordagens mais dinâmicas e interativas, como gamificação e avatares em ambientes virtuais, para envolver e motivar os alunos. Sublinha ainda que a importância dos professores estarem abertos a essas mudanças e serem pesquisadores constantes, a fim de proporcionar uma educação mais alinhada com as expectativas e o estilo de aprendizagem dos alunos da Geração Alfa.


Conclusão


 Inicialmente quando a professora desta UC nos desafiou a fazer um guião e entrevistar alguém que tivesse relevância para a nossa área de estudo deixou-nos um pouco inseguros. Entretanto com o passar das atividades, com a conexão que acabamos por criar devido à obrigação de trabalharmos em grupo fez-nos criar uma empatia coletiva e um espírito de colaboração e cumplicidade que não imaginávamos ser possível. A entrevista com a Professora Andreia foi a cereja no topo do bolo, pois veio complementar os nossos estudos de forma reveladora de um panorama abrangente e perspicaz sobre o futuro da educação, marcado por inovações tecnológicas, mudanças pedagógicas e desafios persistentes. As principais conclusões destacam que a transição para o digital é uma realidade inegável, com a conectividade se tornando um pilar fundamental para o avanço da educação digital. No entanto, essa mudança exige investimentos em infraestrutura e na formação de professores para que seja eficaz. A personalização do ensino surge como uma necessidade cada vez mais premente, com estratégias adaptativas e modelos de avaliação baseados em habilidades tornando-se ferramentas essenciais para garantir uma educação mais inclusiva e eficaz. As tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, a Realidade Virtual e Aumentada e o Metaverso, oferecem oportunidades promissoras para uma aprendizagem imersiva e interativa, mas exigem atenção às questões éticas e de segurança que as acompanham. Os métodos híbridos, que combinam o ensino presencial com o ensino online, surgem como uma alternativa vantajosa que permite aproveitar as melhores características de cada modalidade. Na instrução online, a comunicação clara e fluida torna-se crucial, assim como a utilização de ferramentas que promovam a interação e a motivação dos alunos. O microlearning, com os seus cursos curtos e concisos focados em necessidades específicas, apresenta-se como uma estratégia eficaz para facilitar a aprendizagem e a retenção de conteúdo e dos alunos. Como desafios temos a desigualdade no acesso à educação, marcada pela falta de conectividade e recursos tecnológicos, que limita o acesso à educação de qualidade para muitos alunos. A formação de professores torna-se um desafio crucial, com a necessidade de capacitação para utilizar tecnologias e metodologias inovadoras de forma eficaz. A adaptação às novas gerações, como a Geração Alfa, exige que a educação seja dinâmica e interativa para atender às suas expectativas e estilos de aprendizagem. 22 Acerca do papel da IA na educação, verificamos que pode oferecer ferramentas promissoras para personalizar a aprendizagem, automatizar tarefas e feedback individualizado aos alunos. No entanto, é importante garantir o uso ético e seguro da IA, com atenção à privacidade e à segurança de dados. A IA não substitui o professor, mas complementa as suas habilidades e permite um ensino mais eficaz. Quanto à personalização do ensino para o sucesso dos processos de aprendizagem, as estratégias adaptativas destacam-se como ferramentas essenciais para atender às necessidades individuais dos alunos, considerando os seus estilos de aprendizagem, ritmo e interesses. A acessibilidade digital, linguística e cultural torna-se fundamental para garantir a inclusão de todos os alunos na educação aberta. Sobre a adaptação da EAD à Geração Alfa, para atender às expectativas da Geração Alfa, a EAD precisa ser dinâmica, interativa e imersiva, utilizando recursos como gamificação, avatares e ambientes virtuais. Os professores, por sua vez, precisam estar abertos a novas tecnologias e metodologias de ensino para se conectar com essa geração e garantir uma aprendizagem eficaz. O futuro da educação é, como sempre será, muito promissor. Entretanto exige um esforço conjunto de governos, instituições, professores e alunos para superar os desafios e garantir uma educação de qualidade para todos. A personalização do ensino, a utilização de tecnologias inovadoras e a formação contínua de professores são pilares fundamentais para construir um sistema educativo mais inclusivo, eficaz e preparado para o futuro. A professora Andreia destaca a avaliação por indicadores de competências, onde o professor vai estabelecer vários critérios, que são os indicadores, e que são as habilidades que vão formar essa competência nos alunos. A importância do professor em perceber onde o aluno não está a conseguir aprender. Os nossos objetivos foram alcançados, os pontos todos com uma resposta e emergiram outros conceitos, factos relevantes para a Professora Andreia que não tínhamos planeado como a importância da comunicação nesta era digital, a importância do EAD (Ensino à distância) incluir o papel do mentor, que acompanha o aluno e assim melhorar a sua retenção e sucesso educativo e também a importância da sustentabilidade com valor a incluir nas novas competências desta educação 4.0.


Grupo: Ana Casinhas Sacavém Tatiane Silva João Silva Luis Moniz

 Unidade Curricular: Modelos de Educação à Distância 

Professora Doutora: Lúcia Amante


  

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